Marte Os exércitos estão prontos. O silêncio vai tomando conta de tudo. Já não existe noção do tempo. Os combatentes esqueceram-se das coisas que ficaram no passado e não conseguem mais sonhar com um novo amanhã. Tudo virou efêmero, na presença da morte.

De repente, ele aparece. O campo de batalha é o seu reino; a luta com os soldados, seu prazer; o sangue derramado, seu triunfo. Tem o corpo grandioso e perfeito. As mãos e os braços são muito fortes. Densos e longos cabelos ornam-lhe o rosto. Veste uma armadura confeccionada por Vulcano, o armeiro dos deuses. Usa capacete e carrega pesada lança, ao mesmo tempo que se protege com enorme escudo.

Salta de seu carro, puxado por fogosos cavalos, mistura-se aos demais guerreiros. Mas não defende um ideal. Não tem amigos nem inimigos. Não é partidário da justiça, porque não respeita as leis. Não protege o bravo nem o covarde. Desfere golpes ao acaso. Seu brado de luta ressoa como um grito de terror que faz tremer até os mais valentes soldados.

Quieta, endurecida e silenciosa, a natureza aguarda a destruição que ele deixa a cada passo. Ele é Marte, deus da guerra, filho de Júpiter e de Juno. Um dia, novamente tudo será reconstruído. Flores, plantas e pássaros voltarão a reviver na antiga morada. Enquanto não retorna Marte. E com ele, a destruição.

Ceres No campo, Iasião, de olhos postos no caminho, esperava a amada. Por fim, surgiu ao longe Ceres, ardentemente esperada. Altiva e nobre, de braços abertos dirigiu-se para Iasião. E até a noite ficar densa ficaram os dois no campo, profundamente enamorados.

Imensa poderia ter sido a felicidade, pois bastante grande era o amor, não tivesse Júpiter sabido da bela aventura, que, por obra sua, de repente se acabara. Porque o senhor do Olimpo, que também votava a Ceres intenso afeto, estremeceu de ciúme ao descobrir seus encontros com o mortal. Preparou então um de seus raios e sem erro arremessou-o sobre Iasião.

Deste encontro tão drasticamente separado nasceu Riqueza que detinha a riqueza daquele tempo : rico era quem tivesse mais frutos da terra. Riqueza era considerado por muitos como o deus da abundância.

Ceres e Netuno Nos doces brilhos de suas tranças, douradas como trigais, perdiam-se olhares divinos. Chegavam aos seus ouvidos ardentes cânticos de amor e suspiros Olímpicos. À estes suplícios Ceres, filha de Saturno e Cibele, respondia com silêncio e amor.

Entretanto, Netuno, agitado deus dos mares, não aceitou a recusa e insistiu em perseguir a amada por entre os pomares e as hortas que ela vigilante protegia. Para livrar-se desta insistente corte, Ceres transformou-se em égua e escondeu-se junto à um grupo de cavalos que pastavam no campo.

Porém o disfarce não foi bastante pra iludir o enamorado Netuno, que tudo percebeu. Não tencionando abandonar o assédio, metamorfoseou-se em cavalo. Assim uniu-se a Ceres. Desta união nasceram duas criaturas: Uma filha cujo nome nenhum poeta jamais mencionou e um cavalo chamado Arião que podia prever o futuro.



 

Conversão de nomes ...
Latim Grego
Ceres
Juno
Júpiter
Netuno
Marte
Riqueza
Deméter
Hera
Zeus
Poseidon
Ares
Pluto